A
IMPRESSIONANTE VIDA NA SECA!
Carol
Soussa
Izabela
Perin
Álvaro
Borges
Numa noite eu que a chuva fina batia na
janela, o vento passava e assustava quem estava perto, um senhor fumava um
cigarro de palha e conversava com sua mulher, que fazia renda. Duas crianças
chegaram correndo e pedindo que lhe contasse uma historia.
- Vovô, Vovô, conta uma história para a gente!
- Claro, meu filho, pegue aquele livro azul
que está na estante. - O senhor fala apontando.
Segurando o livro, ele contava a história
com tanta propriedade que parecia que nem necessitava do livro. E os garotos
assuntavam calados.
No nordeste, onde o sol batia forte,
dois amigos que sobreviviam à briga dos seus pais por causa das injustiças que
Seu Felino, o dono da venda, uma cabra asqueroso que não vivia sem um copo de
cachaça e pai de Joaquim, o amigo de Graciliano, um garoto “rico“ que não
levava nada a sério, sempre com uma roupa “arrumada”. Os pais de Graciliano eram
de uma família pobre, que vivia com roupas acabadas, sofrendo de fome por causa
da seca.
- Graciliano, vem ver o caminhão de
madeira porreta que meu pai me deu! – Falou Joaquim.
Antes que Graciliano possa ver o
caminhão novinho de Joaquim o seu pai o chama.
- Joaquim, arrede daí menino e venha comer.
Graciliano volta pra casa. Assim que
chega em casa vê os seus pais dividindo um pequeno pedaço de rapadura, deixando
a maior parte pra ele e comendo apenas os
farelos restantes.
Depois de ter comido pratos e pratos, Joaquim
empanzinado de tanta comida, madorna na rede.
No dia seguinte, Graciliano acorda com
o barulho da sua barriga roncando e se depara ao ver os seus pais mortos no
colchão de palha que ficava no chão, ele sai correndo e chorando desesperado e encontra
com Joaquim logo na entrada da sua casa. Então ele começou a chorar nos braços
do seu amigo e lhe contou toda a história. Joaquim não acreditou e chamou
Graciliano para dar uma volta pra esfriar a cabeça. Durante o passeio, sem
notar, o tempo passava e nem perceberam que já estava escurecendo, e então se
perderam na escuridão do sertão.
Depois de dias e dias de caminhada, sem
achar o rumo certo. Joaquim que não estava acostumado a ficar muito tempo sem
comer, começa a passar mal de fome e seu corpo morrinhento estrebuchou na terra.
Graciliano, assustado, começa a procurar ajuda com medo de que acontecesse o
pior com seu melhor amigo. Quando ele volta já era tarde demais para salvá-lo.
Graciliano, bambando, começa a procurar a sua casa desesperado, quando enfim
consegue chegar em casa, vê os pais de Joaquim que estavam frustrados a procura
do seu filho. Graciliano, sem reação, tenta contar o que aconteceu, mas seu
desespero era maior, chorando, enfim, consegue contar-lhe toda a história. Seu
Felino, sem forças, cai no chão junto com sua mulher e começam a chorar.
Graciliano vai embora pensando o que vai fazer da sua vida, e então ouve alguém
o chamando, quando olha pra traz e vê Dona Jussara, a mãe de Joaquim convidando-o
para morar com eles.
- Vocês não acham que tá bom de história
por hoje não? Vamos comer! – Falou a avó dos garotos.
- Vamos, vovô Graciliano!- Falou um dos
netos.
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