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"Desafios"

"A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e convivência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafios"

Martin Luther Kink Jr

sexta-feira, 10 de maio de 2013


A IMPRESSIONANTE VIDA NA SECA!

Carol Soussa
Izabela Perin
Álvaro Borges

            Numa noite eu que a chuva fina batia na janela, o vento passava e assustava quem estava perto, um senhor fumava um cigarro de palha e conversava com sua mulher, que fazia renda. Duas crianças chegaram correndo e pedindo que lhe contasse uma historia.
             - Vovô, Vovô, conta uma história para a gente!
             - Claro, meu filho, pegue aquele livro azul que está na estante. - O senhor fala apontando.
            Segurando o livro, ele contava a história com tanta propriedade que parecia que nem necessitava do livro. E os garotos assuntavam calados.
            No nordeste, onde o sol batia forte, dois amigos que sobreviviam à briga dos seus pais por causa das injustiças que Seu Felino, o dono da venda, uma cabra asqueroso que não vivia sem um copo de cachaça e pai de Joaquim, o amigo de Graciliano, um garoto “rico“ que não levava nada a sério, sempre com uma roupa “arrumada”. Os pais de Graciliano eram de uma família pobre, que vivia com roupas acabadas, sofrendo de fome por causa da seca.
            - Graciliano, vem ver o caminhão de madeira porreta que meu pai me deu! – Falou Joaquim.
            Antes que Graciliano possa ver o caminhão novinho de Joaquim o seu pai o chama.
             - Joaquim, arrede daí menino e venha comer.
            Graciliano volta pra casa. Assim que chega em casa vê os seus pais dividindo um pequeno pedaço de rapadura, deixando a maior parte pra ele e comendo apenas os  farelos restantes.
            Depois de ter comido pratos e pratos, Joaquim empanzinado de tanta comida, madorna na rede.
            No dia seguinte, Graciliano acorda com o barulho da sua barriga roncando e se depara ao ver os seus pais mortos no colchão de palha que ficava no chão, ele sai correndo e chorando desesperado e encontra com Joaquim logo na entrada da sua casa. Então ele começou a chorar nos braços do seu amigo e lhe contou toda a história. Joaquim não acreditou e chamou Graciliano para dar uma volta pra esfriar a cabeça. Durante o passeio, sem notar, o tempo passava e nem perceberam que já estava escurecendo, e então se perderam na escuridão do sertão.
            Depois de dias e dias de caminhada, sem achar o rumo certo. Joaquim que não estava acostumado a ficar muito tempo sem comer, começa a passar mal de fome e seu corpo morrinhento estrebuchou na terra. Graciliano, assustado, começa a procurar ajuda com medo de que acontecesse o pior com seu melhor amigo. Quando ele volta já era tarde demais para salvá-lo. Graciliano, bambando, começa a procurar a sua casa desesperado, quando enfim consegue chegar em casa, vê os pais de Joaquim que estavam frustrados a procura do seu filho. Graciliano, sem reação, tenta contar o que aconteceu, mas seu desespero era maior, chorando, enfim, consegue contar-lhe toda a história. Seu Felino, sem forças, cai no chão junto com sua mulher e começam a chorar. Graciliano vai embora pensando o que vai fazer da sua vida, e então ouve alguém o chamando, quando olha pra traz e vê Dona Jussara, a mãe de Joaquim convidando-o para morar com eles.
            - Vocês não acham que tá bom de história por hoje não? Vamos comer! – Falou a avó dos garotos.
            - Vamos, vovô Graciliano!- Falou um dos netos.



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