Aos passantes, desejamos boa leitura.
Aos copistas, desejamos bom proveito.
Aos leitores qualificados, agradecemos, sinceramente

"Desafios"

"A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e convivência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafios"

Martin Luther Kink Jr

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O pai do Rock


O Pai do Rock

Por Stefania Zingone Andrade carvalho e Camille Behrens Cardoso

             “Eu sou tão bom ator, que finjo que sou cantor e compositor e todo mundo acredita.”

              
 Essa é uma de milhares de frases do nosso “Maluco Beleza”, ou melhor, Raul dos Santos Seixas. Esse homem, que simbolizou o rock no Brasil, chegou ao mundo no dia 28 de junho de 1945, em Salvador Bahia.
 Seus primeiros contatos com o rock vieram de seus vizinhos americanos que ouviam no rádio astros como Elvis Presley, o futuro ídolo e inspiração de Raul, que aos 14 anos passou a participar de um fã clube do Elvis, e que além disso começou a usar gestos e estilo do cantor.
            Raul não gostava muito da escola, fez curso para filosofia, mas no final acabou virando músico. Ele sofreu uma “metamorfose ambulante”, o rock passou a ser a sua vida.
            A primeira banda do cantor chamava-se “Os relâmpagos do Rock”, que mais tarde recebera um novo nome: “The Panters” e por final “Raulzito e os panteras”. Em 1968 gravaram seu primeiro LP, que não fez sucesso, e provocou o fim da banda.   
          O cantor retorna a sua cidade natal, mas em pouco tempo (1970), o diretor da CBS convida-o para ser o produtor de discos da empresa, Raul aceita o convite e vai para o Rio. Em 1971 o cantor, sem a permissão do seu chefe, produziu um LP de vanguarda. O disco teve participação de Sergio Sampaio, Miriam Batucada e Eddy Star, foi um disco que era cheio de brincadeiras e palhaçadas, mas ao terminarem, o dono e diretor da empresa descobriu e Raul foi demitido.
            Ao ser demitido da CBS, lançou uma música, “Let me sing, Let me sing”, que chegou às finais do certame e que trouxe o sucesso para o cantor.
            Em 1973 Raul produziu, compôs e cantou um disco para a Philips, mas o disco não trazia seu nome para que desse a impressão de que fosse hits oficiais. Somente alguns meses depois pôde fazer seu próprio LP, chamado “Kring-há, bandalo”.
                                                  
           
Sua parceria com Paulo Coelho surgiu quando o mesmo escreveu sua matéria para a imprensa, que abordava um assunto que o interessou: discos voadores. Raul foi atrás do seu “futuro parceiro”, ele encontra-o e então surge um relacionamento repleto de choques de personalidade. (A parceria durou apenas três anos)
            Em 1975 o sucesso de Gita trouxe-o de volta para voltar para o Brasil, após passa um tempo nos Estados Unidos. Sua saúde começa a se ressentir dos frequentes excessos de álcool e drogas, causando-lhe uma pancreatite. Nesse mesmo ano troca a Philips pela WeA, mas não durou muito, pois em 1980 assina com a CBS.
              Raul está cada vez mais envolvido com bebidas e drogas, que acabam levando-o a cancelar shows e a ter crises de hepatite. Em 1983, Raul recebe uma nova proposta de ingressar no estúdio Eldorado, onde realizou um LP com músicas mais “comportadas”.
            O seu penúltimo casamento estava se rompendo e sua saúde só faz piorar, então Raul decide voltar para Salvador, para recuperar-se. Ao retornar,em 1985, estava com uma nova esposa e tentando reconquistar e voltar para a música, para aquele emprego que tanto amava, mas estava muito difícil arrumar uma nova gravadora, porém, em 1986 com sorte, foi chamado para gravar na Copacabana o seu novo LP, mas infelizmente o seus problemas de saúde o atrapalharam.
            Em 1988 Raul estava apagado dos palcos e da televisão, e para mostrar que ainda estava vivo, aceita o convite de Marcelo Nova para fazer uma turnê pelo Brasil.
          
  Infelizmente, em 21de agosto de 1989 Raul deixa suas cinco ex-esposas, três filhas e milhares de fãs conquistados em 20 anos de carreira. E foi assim que o seu, o meu, o nosso Maluco Beleza se foi, pegou seu disco voador, deixando sua impressão digital no mundo. Assim, concluímos que sua historia teve “inicio, fim e meio”.
“Eu sou a luz das estralas, eu sou a cor do luar, eu sou as coisas da vida, eu sou o medo de amar”.
“Eu vou ficar, ficar com certeza Maluco Beleza”.
                             

Nenhum comentário:

Postar um comentário