O mundo
do Maluco Beleza
Por: Mauricio Bastos
Fonseca
&
Maria João arruda
“Maluco
Beleza,Carimbador Maluco, Herói Fora Lei, Pai do Rock brasileiro são sinônimos
do cantor, músico e compositor Raul dos
Santos Seixas, nascido em 28 de julho de 1945, em Salvador Bahia e que deixou
este planeta em 21 de agosto de 1989. Aqui neste mundo, a saudade foi tudo que sobrou: “Papai não quero provar nada, eu já servi a
pátria amada, e todo mundo cobra minha luz”.
Raul nunca foi um cara de luxo, tinha
família de classe média, filho de Raul
Varella Seixas e Maria Eugênia Seixas, também vivia com seu irmão mais novo -
Plínio Seixas. Em 1957, com 12 anos, a família se mudou para uma casa do lado
do consulado americano, e assim o menino virou amigo dos filhos do vizinho, que
eram estrangeiros. Estes garotos mostraram para ele músicas de roqueiros, mas o
que mais lhe chamou atenção foi Elvis Presley. Raul passava tardes e mais
tardes ouvindo discos dele, mesmo sem entender as letras, curtia muito os
ritmos. O adolescente era “fã de carteirinha”
do cantor,fez até quando tinha 14 anos,um fã clube Elvis rock clube,para
seu ídolo.
Seus
pais não apoiavam muito esta aproximação,ao rock ,porque essa era uma época que
Bossa nova fazia total sucesso.Mas engana-se quem acha que ele rejeitou a
cultura e a musica brasileira,ele adotou ao seu rock,musicas nordestinas como o
baião.
Raulzito
era um aluno desleixado, ele repetiu algumas vezes a segunda série, mesmo ele
sendo bem inteligente e muito bom leitor, mas o menino resolve largar os
estudos para ser músico. Para este “homem”, o rock passou a ser um modo de agir
e pensar, “Eu era James Dean, eu era Presley, quando andava e penteava o topete”.
Em 1966 teve sua primeira companheira: Edith, que se casou após um ano de
namoro, e se separou depois de oito anos de convivência. Após essa decisão, fundou
uma banda chamada relâmpagos do rock, que foi modificada para The Phanters, e
finalmente Raulzito e seus Panteras. No início da formação do grupo, tocavam
puto rock, mas com o estímulo dos Beatles eles resolveram, fazer suas próprias
musicas. Esta ideia deu totalmente certo porque além de ser poeta sabia
expressar seus sentimentos, por isso tentou ir fazer mais sucesso no Sul
Maravilha.Tentando o reconhecimento de sua música gravou um LP com o nome de
Raulzito e seus panteras.
Porém
a dedicação do disco não valeu muito a pena, porque foi um “fracasso”. Com isso
o Carimbador Maluco retornou a Salvador, sem os integrantes de sua banda, após
dois anos passando fome no Rio De Janeiro, daí veio a música Ouro de Tolo.
Mas
novamente em 1971, após o chamado, de Jerry Adriani, volta ao Rio De Janeiro
para ser produtor da CbS. Raul seixas foi demitido, pois tirou vantagem do
presidente que se ausentara para gravar um novo LP. O resultado negativo se deu
pela péssima qualidade. Após o reconhecerem, ele resolveu reeditar o disco ,e
assim bateu na porta o sucesso.
Já
em 1972, veio o 7º e último festival internacional, o qual disputou com 2 músicas,
”Eu sou Eu e o nicuri é o diabo”, e “Let me sing”, foi ai então que aprendeu a
misturar o rock com outros ritmos. No ano de 1973 conhece Paulo Coelho, redator
da revista, Underground a pomba. Foi uma amizade muito conturbada, tendo muitas
brigas e discussões.
Em
1974 após ser muito questionado, mal tratado, e desrespeitado, preferiu um autoexílio
para os EUA com Pulo Coelho. No mesmo ano retorna ao Brasil, e grava o LP, Gita,
um sucesso que o levou a ganhar um disco de ouro. Com vários discos de sucesso,
como “uah-bap-lu-bap-lah-bein-bum”,e o LP, let me sing rock in roll. Tais discos
fizeram o Maluco beleza famoso e admirado.
O
gênio da musica brasileira nos deixou por causa de seus problemas com álcool e
drogas, por pancreatite aguda, no dia 21 de agosto de 1989. Até hoje existem várias
homenagens ao nosso considerado do rock in roll, e com ele o público ”aprendeu
o segredo da vida”. O eterno Raul Seixas pode ter deixado a terra, mas estará
sempre em nossos corações.
“E não diga que a vitória esta
perdida, se é de batalhas que se vive a vida”.
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