Aos passantes, desejamos boa leitura.
Aos copistas, desejamos bom proveito.
Aos leitores qualificados, agradecemos, sinceramente

"Desafios"

"A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e convivência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafios"

Martin Luther Kink Jr

quarta-feira, 21 de abril de 2010

A obra de Chico Buarque


Gustavo Barreto & Jose Carvalho



Apesar de você, Cálice, Acorda amor, Olhos nos olhos, Cotidiano, Vai Passar são algumas obras do cantor, compositor e escritor Chico Buarque. Ele foi um dos muitos cantores que tiveram suas músicas censuradas na época da Ditadura Militar.
Francisco Buarque de Hollanda nasceu em 19 de junho de 1944 na cidade do Rio de Janeiro. Em 1946 Chico e sua família se mudaram para a Rua Hoddock Lobo, em São Paulo, pois seu pai (Sergio Buarque) foi nomeado diretor do museu do Ipiranga. Aos nove anos (1953) se mudou novamente, mas dessa vez foi para Itália, pois seu pai foi convidado para dar aula na Universidade de Roma. Um ano depois de sua ida a Itália retornou ao Brasil (1954), em seu retorno, produziu suas primeiras crônicas e publicou no jornal do Colégio Santa Cruz de São Paulo.
O regime militar do Brasil foi um período iniciado em abril de 1964 após um golpe militar articulado pelas forças armadas em 31 de março do mesmo ano contra o governo de João Goulart.
Chico e alguns outros cantores como: Gilberto Gil, Caetano Veloso faziam músicas para protestar contra o governo militar.
Em 1969 Chico viajou para a França, onde participou da feira da indústria fonográfica, de lá foi para Roma e pretendia voltar em questão de semanas. Ameaçado pelo governo militar do Brasil, Chico se autoexilou para a Itália em 1969, onde fez alguns espetáculos com Toquinho. Nessa época, Chico teve algumas das músicas censuradas como (Apesar de você e Cálice). Julinho de Adelaide foi o pseudônimo criado por Chico para conseguir driblar a censura , com esse pseudônimo compôs 3 canções, Milagre brasileiro, Acorda Amor e Jorge Maravilha. Ao voltar ao Brasil continuou com suas composições que denunciavam aspectos sociais, econômicos e culturais.
Chico Buarque de Hollanda também tinha o seu lado “eu feminino” com qual ele fazia músicas pelo ponto de vista feminino, como por exemplo algumas belas canções como “Olhos nos olhos” e ”Terezinha”.
Desde a adolescência Chico escrevia crônicas para o colégio, seu primeiro livro foi publicado em 1966 trazendo um manuscrito e primeiras canções e o conto Ulisses. Além de escrever livros, Chico produziu peças como a peça Roda Viva escrita no final de 1968 sob a direção de José Carlos Martinez de Corrêa com Marieta Severo; Helena Peste e Antônio Pedro nos papeis principais.
Chico, mesmo depois da ditadura, continuava a deixar sua marca ao regravar a canção em 1990 em show feito em Paris. Francisco Buarque também tinha alguns intérpretes que relançavam suas obras, como por exemplo, em 2000 Ângela Maria que regravou Gente Humilde, Cauboy Peixoto com Bastidores. Existiam também cantores que regravavam suas músicas em outros estilos como Rolando Boldrim que relançou “Minha História” e a Banda Engenheiros do Hawaii em estilo popular. Mais recentemente Chico foi o ganhador do prêmio Jabuti pelo livro Budapeste em 2004.
Chico Buarque foi e é um dos principais representante de MPB (Música Popular Brasileira) por mais de quatro décadas, dessa forma influenciou muitas pessoas com o seu trabalho

Nenhum comentário:

Postar um comentário