sob um olhar mais crítico e protetor,
a INTERNET revela seu lado perigoso e influente.
Por: Juliana Reis
Juliana Mendes
João Lucas Siqueira
Guilherme Gomes
Vamos ver se você adivinha, caro leitor! Ela é um dos meios de comunicação mais fáceis, acessíveis e usados, é uma grande fonte de informações, estimulando a inteligência , e oferece diversas oportunidades de lazer e formação. Parabéns para você que já acertou. Para quem ainda não sabe, aqui vão mais algumas dicas: pode facilmente causar dependência, propagar informações erradas, fornecer a venda de bebidas e drogas, pode transformar a personalidade dos usuários e suprir a maior quantidade de informações na área de sexualidade. Saudações, Internet! Liderando o topo dos absurdos, há os crimes. Agora nem dentro de sua própria casa você escapa... Os mais usuais ocorrem através dos e-mails. Podem ser pedidos de atualização de dados bancários e senhas, referentes a falsos prêmios, ou o envio de arquivos anexados, geralmente com extensões “.exe” e “.scr”. Tem também outro tipo de crime, mas não tão grave: o assassinato gramatical. O uso da língua portuguesa na Internet é completamente modificado, seja para encurtar, por preguiça de escrever “tanto”, ou seja apenas por diversão. O que realmente importa é que se você usa essa linguagem, em que o “você” se torna “vc”, a “atividade” se torna “atv”, “obrigado” “obg”, além de muitas outras abreviações, o recomendado é que aumente a quantidade de livros lidos. Quem começa a abreviar, não acentuar, na hora de escrever textos ou em situações que exigem maior formalidade, sente a dificuldade na pele.
Há um enfoque necessário na propagação de informações erradas. No passado, a comunicação das idéias era privilégio das pessoas com certa influência. Hoje, o recurso é muito acessível, e isso faz com que qualquer pessoa possa se comunicar pela Internet, inclusive as aquelas que não têm conhecimento dos assuntos. Essas pessoas são um risco às pesquisas escolares, e por isso é importante validar as informações da fonte coletada. A melhor forma de desenvolver um bom trabalho, uma pesquisa de sucesso, é lendo e avaliando as informações sobre um mesmo assunto em vários sites/portais diferentes. É essa mesma disponibilidade de informações que também causa um efeito terrível, de transformação de personalidade. Essa fácil acessibilidade convida o usuário a virar um viciado na rede, como o caso de Sofia, 13. “As minhas amigas reclamavam que eu estava sempre distante, e dando sempre atenção aos meus amigos virtuais mais que a elas. Em casa, a minha mãe reclamava com freqüência com relação ao período, eu sempre tinha que sair às 21:00hs, mas perdi as contas de quantas vezes acordei no meio da noite pra usar, ou perdi refeições”. O tempo que deveria ser usado para estar com a família, sair com amigos, estudar, ler, e etc, acaba sendo gasto na frente de uma tela. Segundo Catiane Bittencourt, 29, que é a fiscal da bibioteca/lan house do Colégio Miró,aproximadamente 55 das pessoas que vão até lá, 20 vão com o objetivo nos livros. O outros 35, que geralmente variam de 10 a 14 anos, sentem a necessidade de estar na Internet, mesmo que custe todo o tempo de intervalo. Como conseqüência da falta de socialização, o usuário pode se tornar solitário e isolado. Irônico, não? Ao mesmo tempo em que a ferramenta abre portas de comunicação e lazer com o mundo inteiro, acaba por muitas vezes, criando mais isolamento e solidão. E enquanto uns têm acesso ilimitado a essas informações, outras são completamente privadas delas. Alguns governos como os do Irã, Coréia do Norte, Mianmar, República Popular da China, Arábia Saudita e Cuba, restringem que as pessoas em seus países possam acessar na Internet conteúdos especificamente políticos e religiosos. Algumas pessoas defendem que deve haver sim, a restrição de sites, mas não os de cunho político e religioso. Elas precisam ler para escolher o que achar melhor, certo? Também está na Internet um dos assuntos mais polêmicos em todo o mundo, que antes era tido como brincadeira, e agora se torna algo sério. E ir para casa, que deve ser o refúgio da vítima do bullying, se agrava dentro do lar. Na internet, mensagens, imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuadamesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe nem de quem se defender, tornando o cyberbullying ainda pior do que o tradicional. Outro assunto extremamente polêmico e delicado é o bate-papo e a violação. São inúmeros os casos registrados de conversas com webcam ligada gravando os momentos de maior intimidade da vítima, que pensa estar conversando com uma pessoa confiável. O vídeo é exposto na Internet, prejudicando a imagem da pessoa exposta. O mais famoso caso de bate-papo virtual é o da garota de 13 anos, que pensava estar conversando com um garoto da mesma idade, da sua cidade. Chegou a dar informações como onde estudava, que horas os pais estavam em casa, onde morava, enfim, tudo de mais pessoal e que se caindo em mãos erradas seria comprometedor. Por um milagre, o suposto garoto de 13 anos era um policial civil, que teve a filha na mesma situação. No caso dele, as informações foram para o pior caminho possível e a garota foi estuprada e assassinada. Tomando uma medida precavida, ele visitou a casa da menina, conversou com os pais, os alertou e remediou. Ver o lado obscuro da Internet é doloroso, principalmente para quem mostra. Por fim, temos um placar de –7, que é consequentemente ruim. Mas ela não pode ser julgada dessa modo. Todos os pontos positivos, como citados no início, devem ser lavados em conta. Portanto, placar zerado. A Internet traz muitas coisas ruins, mas isso não deve ser motivo para deixar de usar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário