“Hoje você é quem manda, falou,
tá falado, não tem discussão, não...”
Essa é uma das letras em que Chico Buarque defende a nossa pátria na época da Ditadura Militar. O cantor sempre esteve presente nessa época de emblemas em que o Brasil estava vivendo, participando das diversas passeatas, incluindo a “Passeata dos Cem mil” e escrevendo letras de músicas que expressavam seus sentimentos contra a situação política daquela época em que tinha, a maioria dos seus trabalhos censurados pelo regime militar, um exemplo disso, foi a música “Apesar de você” que foi proibida, por ser considerada uma crítica à ditadura e a peça “Roda Viva” foi censurada por conta do seu cenário que foi considerado subversivo.
Por conta dos conflitos e pela falta de sucesso, Chico e sua esposa, Marieta se mudaram para a Itália, onde passou, por sérias dificuldades financeiras. Apesar da censura, Chico decidiu regressar ao Brasil em março de 1970. Com a grande dificuldade de compor suas músicas, Chico fez com muita cautela seus shows, mas os censores invadiam seu camarim, pedindo depoimentos constantemente. Escreveu a peça teatral Calabar em 1973, mas só depois de sete anos a peça foi liberada.
Sua vida profissional estava muito difícil, porém, Chico Buarque nunca desistiu, e com a sua inteligência criou um método de driblar a censura, criando um personagem da sua autoria que assinava suas letras com o pseudônimo de Julinho de Adelaide, mas, a sua identidade foi descoberta pela imprensa, depois de algumas músicas de sucesso. Depois das manifestações das “Diretas Já”, o povo Brasileiro conseguiu a democracia do nosso país, que consistia na liberdade de expressão e no direito de votar. Chico completa o conceito de cidadania no nosso país, ele sempre defendeu a nossa pátria e nunca hesitou nisso. Desde o início da redemocratização do Brasil, o cantor era a favor e admirava o governo de Lula, que está sendo governado atualmente por Dilma Roussef. Chico abordava em suas obras, diversos temas, além da política, o amante da MPB cita problemas sociais como a música “O meu guri” que demonstra o amor de uma mãe por seu filho que era marginal e ela nem esperava isso, “Pedro Pedreiro” foi mais uma canção que o autor escreveu que conta a história de um operário que espera sua vida melhorar. Além de cantor e compositor, Chico traduz e adapta textos como a peça infantil “Os saltimbancos”, escreveu também a “Ópera do Malandro”, romances como Estorvo, Budapeste, etc.
Com delicadeza, amor, cautela, alegria, sensibilidade... Chico aborda a mulher em suas obras de arte com exclusividade. Em diversas situações “As mulheres de Chico” são abordadas com seus nomes, profissões, situações banais, mulheres exercendo o papel de mãe, guerrilheira, prostituta, mulheres amadas, abandonadas e marginalizadas, A música “Mulheres de Atenas” mostra as mulheres submissas aos seus maridos, “Folhetim” narra a história de uma mulher prostituta e “Olhos nos Olhos” conta a história de uma mulher abandonado pelo seu marido.
Na atualidade Chico Buarque ganhou a 53ª edição do Prêmio literário Jabuti com a sua obra “Leite Derramado” na categoria de melhor ficção do ano. Chico Buarque, sempre contextualiza suas canções com os valores humanos, ensinando ao leitor como viver a vida sem preconceito e com amor. E com as formas de valorizar as mulheres e o nosso país ele ganhou o carinho de todos os públicos, se tornando um dos cantores da MPB mais famoso e querido do Brasil!
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