Aos passantes, desejamos boa leitura.
Aos copistas, desejamos bom proveito.
Aos leitores qualificados, agradecemos, sinceramente

"Desafios"

"A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e convivência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafios"

Martin Luther Kink Jr

sábado, 18 de setembro de 2010

Apesar de posar como inofensiva,

sob um olhar mais crítico e protetor,

a INTERNET revela seu lado perigoso e influente.

Por: Juliana Reis

Juliana Mendes

João Lucas Siqueira

Guilherme Gomes


Vamos ver se você adivinha, caro leitor! Ela é um dos meios de comunicação mais fáceis, acessíveis e usados, é uma grande fonte de informações, estimulando a inteligência , e oferece diversas oportunidades de lazer e formação. Parabéns para você que já acertou. Para quem ainda não sabe, aqui vão mais algumas dicas: pode facilmente causar dependência, propagar informações erradas, fornecer a venda de bebidas e drogas, pode transformar a personalidade dos usuários e suprir a maior quantidade de informações na área de sexualidade. Saudações, Internet! Liderando o topo dos absurdos, há os crimes. Agora nem dentro de sua própria casa você escapa... Os mais usuais ocorrem através dos e-mails. Podem ser pedidos de atualização de dados bancários e senhas, referentes a falsos prêmios, ou o envio de arquivos anexados, geralmente com extensões “.exe” e “.scr”. Tem também outro tipo de crime, mas não tão grave: o assassinato gramatical. O uso da língua portuguesa na Internet é completamente modificado, seja para encurtar, por preguiça de escrever “tanto”, ou seja apenas por diversão. O que realmente importa é que se você usa essa linguagem, em que o “você” se torna “vc”, a “atividade” se torna “atv”, “obrigado” “obg”, além de muitas outras abreviações, o recomendado é que aumente a quantidade de livros lidos. Quem começa a abreviar, não acentuar, na hora de escrever textos ou em situações que exigem maior formalidade, sente a dificuldade na pele.
Há um enfoque necessário na propagação de informações erradas. No passado, a comunicação das idéias era privilégio das pessoas com certa influência. Hoje, o recurso é muito acessível, e isso faz com que qualquer pessoa possa se comunicar pela Internet, inclusive as aquelas que não têm conhecimento dos assuntos. Essas pessoas são um risco às pesquisas escolares, e por isso é importante validar as informações da fonte coletada. A melhor forma de desenvolver um bom trabalho, uma pesquisa de sucesso, é lendo e avaliando as informações sobre um mesmo assunto em vários sites/portais diferentes. É essa mesma disponibilidade de informações que também causa um efeito terrível, de transformação de personalidade. Essa fácil acessibilidade convida o usuário a virar um viciado na rede, como o caso de Sofia, 13. “As minhas amigas reclamavam que eu estava sempre distante, e dando sempre atenção aos meus amigos virtuais mais que a elas. Em casa, a minha mãe reclamava com freqüência com relação ao período, eu sempre tinha que sair às 21:00hs, mas perdi as contas de quantas vezes acordei no meio da noite pra usar, ou perdi refeições”. O tempo que deveria ser usado para estar com a família, sair com amigos, estudar, ler, e etc, acaba sendo gasto na frente de uma tela. Segundo Catiane Bittencourt, 29, que é a fiscal da bibioteca/lan house do Colégio Miró,aproximadamente 55 das pessoas que vão até lá, 20 vão com o objetivo nos livros. O outros 35, que geralmente variam de 10 a 14 anos, sentem a necessidade de estar na Internet, mesmo que custe todo o tempo de intervalo. Como conseqüência da falta de socialização, o usuário pode se tornar solitário e isolado. Irônico, não? Ao mesmo tempo em que a ferramenta abre portas de comunicação e lazer com o mundo inteiro, acaba por muitas vezes, criando mais isolamento e solidão. E enquanto uns têm acesso ilimitado a essas informações, outras são completamente privadas delas. Alguns governos como os do Irã, Coréia do Norte, Mianmar, República Popular da China, Arábia Saudita e Cuba, restringem que as pessoas em seus países possam acessar na Internet conteúdos especificamente políticos e religiosos. Algumas pessoas defendem que deve haver sim, a restrição de sites, mas não os de cunho político e religioso. Elas precisam ler para escolher o que achar melhor, certo? Também está na Internet um dos assuntos mais polêmicos em todo o mundo, que antes era tido como brincadeira, e agora se torna algo sério. E ir para casa, que deve ser o refúgio da vítima do bullying, se agrava dentro do lar. Na internet, mensagens, imagens e comentários depreciativos se alastram rapidamente e tornam o bullying ainda mais perverso. Como o espaço virtual é ilimitado, o poder de agressão se amplia e a vítima se sente acuadamesmo fora da escola. E o que é pior: muitas vezes, ela não sabe nem de quem se defender, tornando o cyberbullying ainda pior do que o tradicional. Outro assunto extremamente polêmico e delicado é o bate-papo e a violação. São inúmeros os casos registrados de conversas com webcam ligada gravando os momentos de maior intimidade da vítima, que pensa estar conversando com uma pessoa confiável. O vídeo é exposto na Internet, prejudicando a imagem da pessoa exposta. O mais famoso caso de bate-papo virtual é o da garota de 13 anos, que pensava estar conversando com um garoto da mesma idade, da sua cidade. Chegou a dar informações como onde estudava, que horas os pais estavam em casa, onde morava, enfim, tudo de mais pessoal e que se caindo em mãos erradas seria comprometedor. Por um milagre, o suposto garoto de 13 anos era um policial civil, que teve a filha na mesma situação. No caso dele, as informações foram para o pior caminho possível e a garota foi estuprada e assassinada. Tomando uma medida precavida, ele visitou a casa da menina, conversou com os pais, os alertou e remediou. Ver o lado obscuro da Internet é doloroso, principalmente para quem mostra. Por fim, temos um placar de –7, que é consequentemente ruim. Mas ela não pode ser julgada dessa modo. Todos os pontos positivos, como citados no início, devem ser lavados em conta. Portanto, placar zerado. A Internet traz muitas coisas ruins, mas isso não deve ser motivo para deixar de usar.

Como lidar com nossos idosos

Como lidar com nossos Idosos
Por Fernanda Góes
Luiza Mettig
Guilherme Gallas
Bruna Gidi &
Lucas Casu

Rumo a se tornar um dos países com maior número de idosos do mundo, o Brasil precisa urgentemente mudar a visão do idoso como um problema e passar a vê-lo como parte da sociedade




Em 2025, o Brasil será o sexto país com maior número de idosos no mundo, com a estimativa de mais de mais de 32 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Mas está cada vez mais difícil envelhecer. O recado social é claro: depois de 50 anos, perde-se a humanidade e a cidadania.
Os idosos precisam arrumar emprego, pois a aposentadoria muitas vezes é insuficiente, mas quem vai querer empregar um idoso? Alem disso, têm dificuldades parar encontrar um parceiro quando está sozinho, ter um programa de lazer adequado e ser respeitado pelas crianças e jovens.
Na sociedade atual, muitos jovens não respeitam os mais velhos, tratam os idosos com desprezo e até mesmo se referem a eles com palavras pejorativas, como um exemplo: “coroa”. “Enquanto no Japão e nos países orientais, onde se leva em conta a experiência de vida, os velhos são respeitados e suas idéias consideradas, na sociedade brasileira, o jovem não respeita os idosos, aqui os velhos são marginalizados.” Argumenta Sr. José Walter Góes, 70 anos.
Como já foi citado, os jovens não são o único problema dos idosos. As pessoas com maior idade não têm a maioria de seus direitos assegurados. De acordo com a constituição, pessoas a partir de 65 anos não precisam pagar o ônibus e têm assentos privilegiados, porém, na maioria das vezes, são instigados a pagar e seus assentos são ocupados por pessoas que se recusam a sair. Isso também é comum nas vagas para idosos, geralmente ocupadas por jovens que não respeitam a lei. “É um desrespeito explícito, muitas vezes eu presenciei pessoas mais novas pegarem a vaga preferencial sem dar a mínima importância.” Diz Sra. Márcia Zelante, 67.
Sem falar das filas preferenciais obrigatórias, que em muitos lugares não são nem encontradas. Além de tudo, a aposentadoria pública muitas vezes é insuficiente (mínimo de R$ 240,00) como ressalta a aposentada Márcia “Enquanto o seguro saúde sobe 10, 11%, o ordenado da aposentadoria sobe apenas 6, 7%”. E, do universo de 1,9 mil prefeituras, apenas mil acataram até aqui as novas regras.
Não podemos esquecer as casas de repouso do país, que são sempre caras e ruins além de serem poucas. Sem contar que, para a maioria dos idosos, ir para asilos é algo ruim. Segundo pesquisadores da PUCRS, Universidade Luterana do Brasil e Universidade de Caxias do Sul, a auto-estima de 47% dos idosos entrevistados revelou alterações negativas, como pessimismo, nervosismo, sensação de inutilidade, tristeza e ressentimento.
“Asilo? Deus me livre! Pra mim não existe forma pior de ser mal agradecido, não perdoarei minha família se me colocarem em um. O velho quer estar perto de que ele ama, queremos atenção.” Diz Márcia rindo.
Em Salvador, só há um abrigo público voltado para o acolhimento de pessoas com mais de 60 anos, o abrigo D. Pedro II, que oferece moradia, assistência à saúde, alimentação, além de desenvolver ações que visam à socialização e integração dos residentes. (Mais informações, (71) 3313-5529).
A sociedade e as entidades civis precisam conscientizar-se desses direitos. No Brasil, o idoso é tratado como um problema e não como parte da sociedade e essa realidade precisa urgentemente ser modificada.


Construímos alguns textos no segundo trimestre, dentre eles, apresentaremos algumas reportagens publicadas em "publisher". Para acessá-la de forma legível, clique sobre cada imagem que automaticamente ampliar-se-á. Esperamos que gostem!

Por Fernanda Albuquerque
Luisa Scaldaferri
Marco tourinho
Caio Macedo
Catarina Tanajura