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"Desafios"

"A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e convivência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafios"

Martin Luther Kink Jr

domingo, 22 de agosto de 2010

Uma verdade inconveniente.

A vida dos brasileiros que trabalham com profissões que sofrem preconceito.
Por: Marcelo Dórea
José Joaquim
Gustavo Barreto
Luiz Fernando Tourinho &
Gabriela Cunha

Será que na sociedade em que vivemos, os brasileiros percebem quando praticam ou sofrem preconceito? Seja esse racial, sexual, religioso ou estético, e até mesmo o preconceito contra as profissões consideradas menos qualificadas, entre elas, o gari, coveiro, a taxista, catador de lixo, motoboy, prostituta e empregada doméstica.
É sobre esses brasileiros, rotulados pela sociedade como ‘’ninguém’’, é que iremos tratar, mostrar o que sofrem, e como ajudá-los. Antônio Leônidas Filho, trabalha como coveiro há 5 anos no Cemitério da Saudade, na Vila Lavínia, conta que já passou por muitas situações desagradáveis com parentes de falecidos. ‘‘ Já aconteceu de parentes de falecidos esperarem fora do cemitério para baterem na gente. ’’ diz Antônio. Também conta que é difícil aguentar as pessoas tirando sarro. Além disso, não há ajuda psicológica para esse tipo de profissional.
Tais coisas também acontecem com os catadores de lixo, ou garis. Temos como exemplo a atriz Camila Pitanga, que se vestiu de gari em um shopping, para ver se seria reconhecida pelo público. Na experiência, constatou que mesmo conversando com as pessoas, ninguém a notou, apenas por estar vestida de gari. Isso acontece frequentemente com esses profissionais. ‘‘ Ninguém olha para a gente como trabalhadores, e sim como lixo. ‘’ conta Daniel Xavier, 44 anos, 15 anos trabalhando como catador de lixo.
O agente penitenciário também sofre preconceito, e assim como o gari, exerce uma profissão altamente perigosa, por trabalhar com marginais, e o gari por ter chances de contrair muitas doenças. Isso, muitas vezes faz como que as pessoas abandonem ou desistam do emprego, pelo preconceito que esses profissionais sofrem.
Como pode uma civilização julgar-se tão moderna e ainda existir um sentimento tão primitivo quanto o preconceito? Somos todos iguais, embora a ‘’fachada’’ seja diferente e lutamos por direitos e deveres iguais, então por que na hora de colocarmos isso em prática, a situação muda de figura?

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